Muito mais do que ler sobre dietas e alimentos que ajudam a emagrecer, o interessante é ler sobre comida, alimentação, corpo e as relações que existem entre esses fatores.
Afinal, nem todo mundo que se interessa por saúde e alimentação quer, necessariamente, fazer dieta. Aliás, essa é uma tendência cada vez maior: entender o porque, como, onde e quando se come antes de pensar só o que se come.
Alguns livros são meus queridos quando se fala desse assunto. Ainda não li todos que gostaria, mas alguns são essenciais para quem quer aprender mais sobre o mundo da saúde e da alimentação.
1. Michael Pollan – Em defesa da Comida – 2008
O Michael Pollan é o queridinho de quem quer comer bem sem neuras. O dono da frase “Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida” é de um jornalista que escreve sobre alimentação como ninguém. Ele tem diversos livros, mas para começar eu recomendo esse.
O livro é fácil de ler, explica várias questões que hoje em dia vemos como conflituosas (por exemplo, porque gordura animal já foi condenada e hoje em dia é aceita) e tem alguns conceitos bem aplicáveis no nosso dia a dia.
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2. Michael Pollan – Cozinhar – 2013
Tive a honra de participar de um bate papo para imprensa e outros em 2014 sobre o lançamento desse livro com o próprio Michael Pollan. E lá fui em com meus livros do autor pedir aquele autógrafo na capa do livro – pra eternizar aquilo que jamais pensei em ver.
O livro cozinhar é incrível principalmente para quem já passou do nível ‘porque mesmo tenho que aprender a comer ao invés de fazer dieta’: ele fala de técnicas, receitas, coisas que já comeu, a relação do homem e da cozinha com os elementos fogo, ar, água e terra e tem passagens divertidas e engraçadas.
O mesmo livro deu origem a uma excelente série no Netflix – que você pode ver antes de ler o livro, sem tantos spoilers.
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3. A mentira do Glúten – Alan Levinovitz – 2015
Alan Levinovitz não é nutricionista (assim como Pollan). Ele é professor de religião da Universidade de Virgínia e escreveu um livro sobre Glúten. Justamente por estudar a religião – algo que pode cegar as pessoas a ponto de embarcarem em hábitos e dogmas muitas vezes questionáveis – ele decidiu falar sobre a alimentação, algo que se tornou praticamente uma doutrina religiosa.
O livro faz um maravilhoso contraponto a outro best seller, o “barriga de trigo”. Alan mostra com dados fáceis e uma leitura rápida que o grande problema não está no glúten, mas sim na industrialização da nossa alimentação. Mas também discute outras questões alimentares. Vale muito a pena ler e ir marcando as referências que ele apresenta no livro.
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4. Slim By Design – Brian Wansink – 2013
A versão só existe em inglês – e talvez você tenha que comprar pelo Amazon – mas vale cada página. Brian Wansink.
Brian é um professor americano e leciona para matérias como comportamento alimentar dos consumidores e ciência nutricional. Na universidade de Stanford, conduz pesquisas sobre esses assuntos – e o seu livro Slim By design é justamente a compilação de vários experimentos. Lá ele mostra como a disposição dos alimentos na nossa geladeira pode nos ajudar ou atrapalhar, como a cor dos pratos que comemos pode interferir no nosso consumo e até conta em qual copo consumimos maiores quantidades de bebida: para os bebedores de cerveja e vinho de plantão (eu!) é um prato cheio.
Esse livro modificou totalmente minha maneira de trabalhar com meus pacientes no consultório, passando idéias e sugestões muito mais aplicáveis do que simplesmente falar para reduzir o consumo.
Dica: assim como o livro do Alan, vale a pena procurar as referências que ele cita no livro!
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5. Mulheres, Comida e Deus – Geneen Roth – 2009
O livro com uma pegada mais auto ajuda (mas sem ser chato) é essencial para quem já começou ou quer questionar a relação feminina (muitas vezes destruidora) com o corpo.
Geneen fala sobre meditação, sobre fome emocional e sobre amor/ódio com o que temos de principal: nosso corpo.
Vale a pena a leitura (se for em inglês, melhor ainda). Geneen também tem outros livros (que ainda não li) mas que vale a pena procurar sobre eles.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
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Até
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