Vida longa ao nosso querido Palácio das Artes!

Fui conhecer a exposição do Palácio das Artes, 50 anos em 5 atos e foram muitos sentimentos envolvidos. Amei! Foi meu primeiro retorno a programas desse tipo e estava super tranquilo por lá, me senti segura, o Palácio das Artes está muito preocupado com os protocolos e só é permitido a entrada de 10 em 10 pessoas. Quando fui, tinha só eu.

Visitei as salas sozinha e por isso fiquei muito concentrada em entender cada ponto e cada sentimento. Foi uma mistura de “que legal que estou aqui”, com um orgulho super afetivo da história do nosso Palácio das Artes, que acredito pertencer a maior parte dos Belorizontinos. Senti também uma nostalgia do que já vivi ali… são tantos momentos legais.

A exposição já começa do lado de fora com várias fotos na fachada. No Hall principal, próximo a bilheteria, a gente vê uma maquete com representação de todas as funções cênicas possíveis elaborada pelo mestre Raul Belém Machado. A ideia é homenagear esses anos todos de história passando pelos momentos mais marcantes do Palácio das Artes. A exposição é dividida em 5 atos e para quem passar lá na frente a noite, ainda pode orquestrar a luz da fachada através de um totem.

Ato 1: na primeira sala, a gente entra, e está tudo escuro. Dá até um frio na barriga, sabe? Aquela coisa de “o que será que vai acontecer?”. De repente efeitos sonoros e luminosos com sensores de movimento Kinects e Moving Heads, começam a acompanhar a gente. Onde estamos tem uma luz e viramos a estrela da “festa”. A sala dá as boas vindas.

Ato 2: logo depois vamos passear pelas memórias do Palácio das Artes onde telas translúcidas apresentam um panorama desses 50 anos com um mosaico de fotos e vídeos. Tem cadeirinha pra você sentar e apreciar. São cerca de 20 minutos nessa sala.

Ato 3: essa sala enorme e em 360० leva a gente para dentro de espetáculos importantes e também um filme original gravado no Palácio das Artes com a participação de corpos artísticos. Sentei na cadeirinha e fiquei viajando nas imagens lindas e enormes. As imagens são construídas e desconstruídas ajudando a contar um pouco desses 50 anos de história.

Ato 4: eu amei essa! Tenho um quadro no instagram do BH Dicas chamado #fififeelings , onde eu assunto coisas das quais a gente tem curiosidade sabe? E foi assim que me senti ao entrar nessa sala. Alimentando minha Fifi interior com vários depoimentos sonoros de curiosidades e casos sobre os bastidores do Palácio das Artes. Caixinhas de som estão espalhadas e cada uma tem um caso diferente narrado por pessoas que trabalharam ou vivenciaram grandes momentos por lá. Tudo isso, numa vista linda e super relaxante do Parque Municipal. Muito legal!!! Essa dá para interagir e mandar a nossa história através de um QR que está na parede.

Ato 5: a gente passa por um corredor com alguns figurinos e cai numa sala dos objetos cênicos que encerra a experiência. A sala é escura, e os objetos estão no teto bem debaixo de uma poltrona antiga, o jogo de luz e som é sincronizado para completar a experiência. Essa sala foi impactante pra mim. O som, a escuridão, os objetos, a poltrona. Eu entrava, e saía várias vezes para entender o que estava sentindo. A sala escura, e os objetos como pensamentos no teto, me deixaram ao mesmo tempo com um certo medo do que poderia acontecer, como uma vontade de ficar. Entrei nessa sala umas 10 vezes. Eu saía e voltava.

Adorei a experiência como um todo. Acho que você deve ir, na medida que se sentir a vontade. É gratuito, e fica até novembro!

• Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte – MG. Horário: de 9h30 às 21h, de terça-feira a sábado, e de 17h às 21h aos domingos. Informações para o público: (31) 3236-7400. Encerramento da exposição: 14 de novembro de 2021.

Um beijo!