Quando vamos projetar, um dos pontos importantes é ensinar nossos clientes a fazerem boas compras. É claro que têm clientes que já chegam muito prontos, mas isso definitivamente não é a regra.
Primeiramente precisamos ouvir o cliente e entender o contexto da sua vida, e como a casa funciona na vida dele é fundamental. Daí seguimos com a montagem do “moodboard” do projeto, e é nele que entram as definições das peças que irão compor a ideia daquele espaço.
Isso facilita muito o entendimento geral do projeto, e claro, entender mais ainda o momento da compra e torna-lo mais prazeroso. Sempre é muito dispendioso executar um projeto, pois temos várias etapas, os revestimentos, a obra, a iluminação, os móveis, os adornos.
Mas como fazer boas compras? O que significa isso?
Significa muitas vezes deixar de lado a ideia de ter a casa pronta tão rapidamente e priorizar cada setor. Assim surge a possibilidade muitas vezes de definir o que costumo chamar de “A estrela da festa“. Mas “- Hugo essas estrelas custam caro! Não tenho condições!”. Isso é o que ouvimos muitas vezes quando estamos fazendo a seleção dos componentes do ambiente. Foi assim por exemplo comigo e com a Ví quando pensamos em todos os projetos de todas as casas que já tivemos ao longo dos 10 anos que moramos juntos.
Aquela luminária que era mais cara, o adorno que achávamos que nunca poderíamos colocar, a tão sonhada cadeira de jantar. Eles vieram cada um ao seu tempo, e de acordo com as nossas condições. Eu acredito muito que a boa compra é aquela que você vai ficar tão satisfeito que o tempo vai passar e você não vai querer se desfazer dela. Pode até trocá-la de lugar, dar um tapa como trocar um tecido, mas ela é tão boa e te representa tanto, que vira uma história de amor.
Existem alguns pontos que podem ajudar, e muito, na hora de definir o que irá compor a sua decoração. Seguem aqui 3 dicas que acho fundamentais:
1 – Tendências, elas existem para nos auxiliar, mas acreditar apenas nelas será com certeza um grande fiasco. Podemos aqui citar um exemplo correlacionando com a moda. Ela muda a cada estação, mas nem por isso você irá trocar todo seu guarda roupas a cada mudança do tempo. Com a casa é a mesma coisa. Procure identificar se aquilo apenas está na moda ou realmente tem um apuro estético e uma boa qualidade de fabricação que torne a peça passível de ser eternizada.
2 – O Designer que criou a peça. Você pode até pensar que isso não importa, mas sabe aquelas peças que viram herança de família? Sim elas foram projetadas, bem detalhadas e usaram a tecnologia disponível da época para a sua execução. Isso custa, desde o estudo do criador aos inúmeros testes pela qual ela passou antes de chegar no mercado para que você consuma. E no mercado atual existem vários estúdios criativos extremamente competentes. Uma maneira de ter aquela peça, que vira a obra de arte, é se antenar a produção destes estúdios, e como um comprador de arte buscar adquirir estas peças antes que elas subam muito seu valor no mercado.
3- Enxergue além da função, aprecie os detalhes! Deus mora neles, eu costumo dizer. Toque naquilo que irá comprar, veja o encaixe, a ergonomia, o acabamento do fiozinho, pode parecer frescura a princípio mas faz uma diferença estética enorme. Aprecie as luminárias, os móveis, os objetos como verdadeiras obras de arte. Permita-se emocionar com aquilo que está comprando.
Confesso que não é fácil, e muitas vezes vai exigir um grande controle da ansiedade. Mas vale a pena. E o resultado com certeza vai ser uma casa que retrata a sua personalidade e te traz afeto em cada cantinho. Casa é coleção, comece logo a sua!
Em um próximo post vou dar dicas de alguns designers que possuem produtos com bons preços e que valem o investimento! Peças, que tendem a só valorizar com o passar dos anos.
Gostaram? Deixe aqui seu comentário, é muito importante para fazermos do morar em BH cada vez mais prazeroso para vocês!
Abraços,
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Interessante, a proposta, vou acompanhar. Parabéns.
Ebaaaa!
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