Conte uma história para ilustrar esse dia na nossa antiga Praça 7 - BH DICAS
BH DICAS

Conte uma história para ilustrar esse dia na nossa antiga Praça 7

  • por em 1 de outubro de 2018

Coloque a imaginação para jogo e vem comigo pensar numa Belorizonte de antigamente!

Foto: Ricardo Araújo (in memoriam)

Ei!!!

Te contei outro dia que recebi muitas fotos antigas de Belo Horizonte e estou apaixonada!!! Já falei sobre a Praça da Liberdade e essa é da Praça 7!! É isso mesmo que você está pensando. Um dia, nosso pirulito da Praça 7, esteve assim.

Foto: Ricardo Araújo (in memoriam)

É claro que eu já imaginei esse dia aí da foto. E quero saber de você, a sua criação para o dia. Me conta aqui nos comentários. Segue a minha:

Tá bem do alto né?
Deve ter sido alguém num helicóptero ou de um prédio alto. Pelo movimento, era uma terça-feira, por volta de 14:03 hrs. O centro está bem cheio, a gente vê que bate sol. Ao que tudo indica deve ter sido beeem lá no início, quando o pirulito foi pela primeira vez colocado na Praça (década de 20). Ou não.

Não tem marca no chão para passar os bondes… (bondes já passaram ao redor do pirulito, imagina que cena???? QUE LINDA!) e as arvores, estão firmes ali. Seria 1960? Talvez.

Claramente faixa de pedestre ainda não tinha também. Bonifácio tá ali, atravessando a rua de boa no canto inferior esquerdo da foto. Ele estava indo levar o sapato para arrumar no sapateiro depois ia tomar uma no Café Palhares. Obviamente não tinha BH Trans nessa época. Ou pelo menos aí nesse dia, não tinha nenhum representante. Aleluia.

Sua Vez:

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

All Comments

Subscribe
Notify of
guest
18 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Joana Assis

Não tenho tanta criatividade. Mas adorei esse dia e gostaria de ter vivido.

Reginaldo O

Acho que era 1960

AVELAR CANUTO LOUREIRO

Que saudade da Praça Sete, no coração de BH, cheguei nesta cidade aos 17 anos de Alagoas, papai trabalhava no BANCO DA LAVOURA, depois passou a ser chamado de REAL, morava no Bairro do Prado, na rua Platina, amava essa cidade, aos
domingos passeava no Parque Municipal, para mim foi um sonho que jamais vou me esquecer desta Capital maravilhosa
que se chama BH, hoje moro em Maceió, aos 71 anos de idade não tive mais oportunidade para retornar e vê a praça sete de novo, parque municipal, Mineirão, Pampulha, Bairro do Prado, adoraria retornar a BH, mais hoje não tenho mais condições.ABRAÇO A TODOS OS MINEIROS. avelar canuto loureiro – endereço rua comendador teixeira basto, 201 Prado
Maceió-Alagoas.

Marcos Domenico de Araujo

Conheci a praça 7 assim como esta, tinha lá por volta dos meus 14 anos, subindo a Av. Amazonas e entrando na Av. Afonso Pena de bicicleta Caloi, atropelei uma menina que mais tarde veio ser minha esposa. Tempo maravilhoso que jamais voltara ou existira no Brasil.

Joana Assis

Não tenho tanta criatividade. Mas adorei esse dia e gostaria de ter vivido.

BHDICAS

Ebaaa!! Tenta!!! Tenho certeza que saí alguma boa história! <3

Marcos Domenico de Araujo

Conheci a praça 7 assim como esta, tinha lá por volta dos meus 14 anos, subindo a Av. Amazonas e entrando na Av. Afonso Pena de bicicleta Caloi, atropelei uma menina que mais tarde veio ser minha esposa. Tempo maravilhoso que jamais voltara ou existira no Brasil.

BHDICAS

Gente do céu!!!! Que massa!!! Parabéns <3

AVELAR CANUTO LOUREIRO

Que saudade da Praça Sete, no coração de BH, cheguei nesta cidade aos 17 anos de Alagoas, papai trabalhava no BANCO DA LAVOURA, depois passou a ser chamado de REAL, morava no Bairro do Prado, na rua Platina, amava essa cidade, aos
domingos passeava no Parque Municipal, para mim foi um sonho que jamais vou me esquecer desta Capital maravilhosa
que se chama BH, hoje moro em Maceió, aos 71 anos de idade não tive mais oportunidade para retornar e vê a praça sete de novo, parque municipal, Mineirão, Pampulha, Bairro do Prado, adoraria retornar a BH, mais hoje não tenho mais condições.ABRAÇO A TODOS OS MINEIROS. avelar canuto loureiro – endereço rua comendador teixeira basto, 201 Prado
Maceió-Alagoas.

BHDICAS

Nossa que história linda!!! Fiquei emocionada quando você disse capital maravilhosa. E muito lisonjeada por ter lido meu post. Obrigada <3

Reginaldo O

Acho que era 1960

BHDICAS

Pode ser mesmo!!!

João Batista Dias

PRAÇA SETE, O FIM DE UM CICLO.

O ano de 1961 foi ótimo. A nova atividade permitiu dar nova direção a minha vida. Permitiu começar a ajudar minha família com parte do dinheiro ganho como engraxate.
Mas foi também um ano escolar difícil. No semestre fui fazer a Admissão no Colégio Municipal na parte da manhã e não me saí bem.
Primeiro descobri que o curso primário (terceiro e quarto ano) feito no Pequeno Jornaleiro fora fraco e perdi a vaga no Municipal no fim do ano. No Municipal você não poderia perder o ano, perdeu, saiu! Não lhe era concedido o direito de recuperação no ano seguinte. E não consegui conjuminar, como dizem na minha terra, os estudos e o trabalho.
Além de ter sentido o peso do Municipal, da sua qualidade, tive um problema incontornável com um professor. Este professor era uma figura caricata, que tinha total protagonismo dentro da sala de aula, e aluno não o desrespeitava, recebia punição severa. Era conhecido um professor que gostava de punir. E fui punido por tê-lo criticado e ele acabou com meu ano escolar.
O Professor Prazeres, este era seu nome, era uma figura ímpar entre os professores. Grandão, vestia de forma caricata, como disse antes, esquisito, vestia a calça com cinto no meio da barriga e um suspensório para completar. Mas era um bom professor. Era querido, pelos que gostavam do seu estilo. Mas tinha um humor cáustico de via única, podia fazer piadas com alunos, mas não aceitava piadas dos alunos ou que caçoassem de suas piadas sem pé nem cabeça.
Certa manhã, já chegando ao fim do semestre, ele entrou na sala e antes de começar a dar aulas, resolveu contar uma piada nova:
“No exército português, um comandante pôs a tropa perfilada e ordenou que todos levantassem a perna esquerda e a mantivessem levantada. Olhando por baixo das pernas levantadas, viu que um soldado levantara a perna errada, levantou a direita. Vendo aquilo, em alto brado, perguntou, qual burro havia levantado as duas pernas! ”
Todos riram, menos eu.
Eu era um contador de piadas e aquela foi mal contada. Como todos riram e eu não, ele veio até a mim e perguntou:
– “Não gostou da piada? Porque?
O colega que sentava no mesmo banco comigo, naquele tempo sentavam dois no mesmo banco, abriu a boca e disse:
– “Professor, ele disse que além do senhor não saber contar piadas, nós somos obrigados a rir! ”
Ele ficou puto e mandou que eu saísse da sala dele. Fui mandado para a Diretoria e lá peguei uma semana de suspensão por desacato ao professor.
A semana seguinte, pois era uma sexta feira, era de provas. A semana inteira era de provas do fim do semestre e eu perdi todas. No segundo semestre, por mais que eu estudasse e aplicasse nos estudos, não consegui recuperar os pontos perdidos nas provas seguintes, e havia provas a cada fim de mês. Naquele tempo não havia repescagem, perdeu uma matéria, perdia o ano inteiro, eu perdi exatamente na sua matéria.
Fiquei muito chateado, mas ao mesmo tempo aliviado pelos novos rumos que a vida me reservara. Ainda no começo de setembro, o Guarda Civil que cuidava dos engraxates do Juizado de Menores, comunicou-me que no primeiro dia útil de da semana seguinte, eu deveria ir para a Praça Sete. Tinha saído a minha transferência para lá. Saíra a vaga prometida no começo do ano.
Em 1962 fui estudar no Senac na parte da manhã, onde, antes, de dezembro a fevereiro, fiz a Admissão ao curso secundário. A tarde engraxava na Praça Sete. Minha cadeira (tamborete) ficava em frente à Livraria Rex e a turma era tão legal quanto a outra do Abrigo Bom Jesus. Passei a guardar minha caixa e cadeira na Av Paraná, número 161, onde a turma da Praça Sete também guardava. O prédio existe até hoje, porém bem modificado. Uma senhora, viúva, não lembro seu nome, guardava nosso material em troca de um pagamento semanal, tal e qual já fazíamos antes. Lá era mais seguro e as caixas ficavam no segundo andar e pagando o mesmo preço de antes.
Saia da aula as 11 e pouco, ia até a Espirito Santo com Caetés e pegava ônibus Santa Cruz, via Japurá, para chegar em casa a tempo de almoçar e voltar para trabalhar. Parecia puxado, mas não era. Só que, ao invés de fazer esse trajeto no bonde Ozanan, preferia fazê-lo de ônibus, por ser mais rápido. Se eu continuasse a pegar o bonde Ozanan, teria que ir a pé do seu final na Jacuí com 18 de julho, descer a Rua Maura até em casa a pé, e isso seria mais uns 15 minutos além da meia hora de bonde da Caetés até o final. O ônibus me deixava na esquina de casa, José Nicodemos com Mário de Lima, na Santa Cruz, tudo em vinte minutos. E, de mais a mais, eu já ganhava uma grana melhor e me permitia esse conforto.
Na Praça Sete tudo parecia maior, o número de pessoas que por ali passava era muito maior que no Abrigo e por tabela maior número de engraxadas. O faturamento mais que dobrou. De terça a quinta faturava uma média 150 por dia. Na sexta feira e na segunda, os dois melhores dias, era raro não faturar menos de 250 cruzeiros por dia e os sábados, mesmo mais fracos, ainda dava para tirar uns 80 cruzeiros. No total dava quase 4 mil cruzeiros por mês e era muito bom, pois o salário “de menor” era pouco mais que 6 mil cruzeiros por mês. Essa grana já permitia jantar na bandejão do Cine Brasil e dona Maria não precisava mais deixar janta toda noite.
Uma coisa que me chamou atenção, era que naquela época, os políticos em anos de eleição costumavam usar a Praça Sete como trincheira. Ficaram famosos os cafezinhos no Café Perola e também era comum um candidato sentar em uma cadeira de engraxate e se deixar fotografar ou ser entrevistado lustrando seus sapatos.
Em 62, por lá passaram o Thibau e o Carone. O Carone era o mais simpático aos eleitores de então, mais solto e mais popular. A proposta do Carone chamava mais atenção do povo. O Thibau ficou na minha memória como um sujeito caricato, pois ancorou um navio de madeira em plena Praça Sete, com a promessa de trazer o mar até Belo Horizonte. A ideia dele era trazer areia na volta dos vagões do trem que levava minério para o Porto de Sepetiba e criar uma praia na Pampulha. Achava aquilo fantástico. Seria possível? Mas, eu ainda não tinha essas preocupações ainda, política passava longe, mas sabia o que representavam naquele momento, mas não o que representariam nos anos seguintes.
Também era tempos de John Kennedy nos Estados Unidos, e junto a nós engraxates, tínhamos um sósia dele. As suas fotos saíram no O Cruzeiro, na Manchete e nos jornais. Falavam até em leva-lo aos Estados Unidos para o Kennedy conhecê-lo. Mas acho que isso nunca aconteceu, pois no ano seguinte mataram o John Kennedy. E depois que sai de lá, nunca mais vi esse garoto.
Mas nem tudo correu como eu esperava que ocorresse

De setembro a maio foi uma maravilha. Mas teve um detalhe que passou como bloqueado na minha memória e que só bem recentemente pude recompor a história.
O dia 31 de maio de 1962 era um sábado. Trabalhei normal até as 21 horas. Tive bom faturamento. Peguei o ônibus Santa Cruz e fui para casa.
Domingo fui jogar futebol.
Na segunda feira, dia 02 de junho, fui trabalhar a tarde, como normalmente fazia. Chegando na Praça Sete tomei um susto! A Praça estava de ponta cabeça, irreconhecível, não tinha uma só árvore, parecia que alguém jogara uma bomba e destruíra tudo, só ficara o pirulito. Estava tudo numa claridade impensável, sem as sombras das árvores. O lugar da minha cadeira não existia mais. Fora extinto.
Todos os engraxates estavam ali presentes, uns chorando, alguns à beira de uma síncope, outros revoltados, xingando até a última geração da família do prefeito, começando por sua mãe.
Não lembro se eu também chorava. Não havia explicação para tudo aquilo. Era demais tamanha crueldade. Nem o Serviço de Juizado de Menores tomara conhecimento antecipado, do que ocorreria na Praça, fora pego de surpresa também Era como se a guerra tivesse chegado até nós. E não havia ninguém para explicar nada. Não sabíamos o que seria de todos nós, para onde iriam os engraxates, se haveria alguma compensação. Nada. Ninguém tinha explicação.

NA MADRUGADA DO DOMINGO, DIA 01 DE JUNHO DE 1962, O PREFEITO AMINTAS DE BARROS MANDOU CORTAR TODAS AS ÁRVORES DA PRAÇA SETE!
Como disse antes, tive um bloqueio mental de todo esse fato, pois para mim tudo ocorrera em novembro de 1963, e não foi. O desastre da Praça Sete ocorrera um ano e meio antes. Me recompus lendo essa matéria em uma revista da época, que o amigo José Carlos Capanema me mostrou recentemente:
O DIA EM QUE A PRAÇA SETE FICOU DESNUDA
Dia 02 de junho de 1962, naquela manhã de segunda-feira, a multidão que atravessava a Praça Sete, rumo aos locais de trabalho, teve de súbito a impressão de achar-se em outro lugar da cidade, como por um golpe instantâneo de mágica.
Tudo parecia diferente, mais amplo, mais claro. E, de fato, estava diferente.
Os grandes e copados fícus que circundavam a Praça haviam desaparecido, da noite para o dia, abrindo-se em ampla clareira e as perspectivas da Avenida Amazonas e da Avenida Afonso Pena. Recortando-se mais vivamente à vista, na sua inteira imponência, os belos arranha-céus que ladeiam o local.
Pesadas máquinas agora giravam por ali empenhadas em arrancar os tocos dos derradeiros troncos, já decepados de sua copiosa folhagem. E o povo se juntava para ver o espetáculo novo da praça desnuda, onde apenas continuava a erguer-se a imagem atilada do pirulito, árvore de pedra, rígida e simétrica, sem copa nem galhos.
Bastara apenas uma noite fria para que aquilo acontecesse, enquanto em vários pontos da cidade marchavam para a madrugada dos sons retardatários das festas Juninas.
Os que vinham delas foram os primeiros a espantar-se com a azáfama que reinava na Praça Sete, enquanto turmas de trabalhadores iam ceifando as grandes ramadas.
Na fase preliminar da derrubada o próprio Prefeito Amintas de Barros ali estava. A orientar os trabalhos. A cada golpe, caia por terra um pedaço de uma tradição belorizontinos, imolada ante as exigências irresistível, do progresso.
SACRIFÍCIO AO CRESCIMENTO
A queda das árvores da Praça Sete era um fato que desde muito se previa, e que constantemente se adiava, estava, porém, na linha do inevitável.
O crescimento vertiginoso da capital mineira, multiplicando muitos véus a intensidade de seu transito de veículos e pedestres, vinha criando problemas de tráfego que se tornavam cada vez mais complexos, especialmente naquele ponto crucial, em que se entram as duas principais vias de comunicação para a cidade, que ligam os seus quatro pontos cardiais.
Vários estudiosos tinham reiteradamente apontado a malcuidada de serem os teus da Praça os criticados a esse Imperativo de um desenvolvimento que se acentua em ritmo acelerado e que jamais poderia ter sido pra visto pelos planejadores da cidade e de sua bela arborização. O tempo de hoje exige vias mais amplas, escoamento mais rápido. Supressão dos possíveis pontos de estrangulamento do transito. Todos os reconheciam.
Mas os impulsos de uma saudade sentimentalista impediam que se tomassem as medidas decisivas. Vários Prefeitos, depois de meditar sobre a providência, não conseguiram armar-se de coragem suficiente para assumir a responsabilidade. Foi esta coragem que o Prefeito Amintas de Barros teve. E determinou que agissem rapidamente, em menos de vinte e quatro horas, talvez para que as mesmas imposições sentimentais não o obrigassem, depois, a voltar atrás. Quis o próprio colocar-se diante do fato consumado. E o sacrifício ao crescimento da Capital foi levado até ao fim.
MAIOR FACILIDADE,
Em breve, os belorizontinos estarão inteiramente acostumados com o novo aspecto da Praça Sete e apreciarão os inegáveis benefícios que a queda das árvores e a abertura de ligação direta entre as Avenidas Amazonas e Afonso Pena vem trazer ao fluxo do tráfego na cidade.
Eliminando o complicado sistema que até há noutro ali vigorava, simplificando a ligação para veículos e pedestres. Dando a ates, sem puir daqueles, facilidades que, em geral, os planos de tramito pouco levam em consideração. A medida foi, inegavelmente, benéfica para a nossa metrópole, por mais que alguns saudosistas renitentes deplorem que os fins não tenham ficado ali.
Melhor é que haja saído agora, crendo que a multiplicação constante do tráfego ainda não criou problemas insolúveis, que muito certamente. Em poucos anos, estarão a exigir novos equacionamentos, talvez bem mais radicais. Mesmo que sintamos o desaparecimento das velhas árvores, mais sentiríamos se o seu verde cinturão servisse de impedimento ao crescimento da cidade E o dever da Prefeitura é agir para que Belo Horizonte possa crescer.
Entrei em pânico, não sabia mais o que fazer, meu local de trabalho tinha acabado, extinto, e eu desempregado. Todo domingo era obrigatório comparecer à missa das 8 na São José, ainda na quarta, tivemos uma reunião na Casa Paroquial da São José, o responsável pelo serviço de engraxates falou que iriam buscar uma solução para o fato, que era para irmos para casa e aguardar uma solução, que nunca chegou.

Todas as Fotos da Praça Sete acima são do fotógrafo Ricardo Araújo (in memoriam)
Minha Mãe, religiosa como era, buscou me acalmar dizendo que Deus, quando fecha uma porta, sempre deixa uma janela aberta. É nessa janela que devemos pensar. Haveria ter coisa melhor me esperando. Eu não conseguia ver nenhuma janela, mas aceitei o que ele disse.
Eu só sei que naquele dia, para mim, Belo Horizonte mudou para sempre…
Vieram as eleições, Jorge Carone ganhou. Carone tomou posse em 1963. Eu já tinha 15 anos, mas não acreditava mais em políticos, nem sei qual era o seu partido. Mas o Carone ainda tinha uma bomba maior guardada para todos nós.