BH DICAS

Circuito Urbana de Arte fazendo história em Belo Horizonte

  • por em 2 de novembro de 2021

6ª edição do CURA entrega empenas para Belo Horizonte, intervenção no chão, alegria e cultura pra gente se orgulhar!

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Crédito da Foto: Area de Serviço para CURA 2021 / Pintura Shipibo

Se eu já achava a Praça Raul Soares lindíssima, agora é ainda mais emoção quando passo por lá. O CURA – Circuito Urbano de Arte está completado uma edição linda e muito especial. 3 empenas, Festa da Luz, intervenções e mais uma obra de arte, só que no chão, que faz a gente chorar de tão lindo!!! Eu tô encantada!!!

Sadith Silvano e Ronin Koshi, artistas do povo Shipibo (Peru) desembarcaramm pela primeira vez em BH, para pintar o chão da icônica Av. Amazonas no entorno da praça Raul Soares. Os Shipibo-Konibo são uma etnia que vive às margens do rio Ucayali, nome que o rio Amazonas recebe na floresta peruana. Por aqui, Sadith e Ronin fazem sua pintura-ritual evocando suas raízes, sua língua, costumes e conhecimentos de cura.

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Foto: Area de Serviço para CURA – Intervenção SHIPIBO

Uma marca forte da identidade shipiba são os kenés (já declarados como patrimônio cultural do Peru), o bordado mítico de padrões geométricos e labirínticos, inspirado pela cultura do chá de Ayahuasca. Nas cerimônias de beberagem desta receita milenar, preparada com o cozimento de plantas amazônicas, os xamãs Shipibo entoam seus ícaros, canções medicinais e curativas, e visualizam em suas mentes as formas e os desenhos que, depois, serão bordados em tecidos, ponto a ponto.

Estamos precisando tanto disso, né? Principalmente nesse momento político e de pandemia.

Vai fazer o que hoje???

O CURA propõe uma vivência na praça de presença marajoara, em que o chão é entendido como sagrado, território dos mortos, da comunidade, de onde sai o alimento, de onde sai a cura, por onde correm os rios. E, exatamente por reconhecer nesse território sua conexão com o Arquipélago do Marajó — NA foz do maior rio do mundo, para onde desaguam os rios que compõem a região amazônica —, ela será carregada de simbologia do encontro das águas e dos processos de cura dos rios, que têm sido atacados, poluídos e mortos, seja no encontro do Rio Arari, na grande bacia do Marajó, sejam nos rios da bacia do Rio Doce.

É uma relação do sensível, uma relação metafísica e cosmológica do que são os sentidos das palavras e os sentidos do corpo.

Programe-se: 16h às 20h: “Vivência” – Entrega de Resultados – com Tainá Marajoara (PA), Patrícia Brito (MG), Silvia Herval (MG) e Mayô Pataxó (MG) / 20h às 23h: Intervenção luminosa > Vivência.

Site: cura.art

Um beijo e viva Beagá!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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