Todo mundo que já fez ou já leu sobre dietas sabe que, geralmente, dietas dão fome. E quem conhece alguém que já passou por um tratamento de reeducação (ou educação!) alimentar já escutou a velha frase: “foi ótimo com aquela nutricionista, não passei fome!”.
E a sensatez nos deixa saber que ‘passar fome’ não é nada saudável e fisiológico. Mas será que no processo de emagrecimento e reeducação alimentar é proibido sentir fome? Algumas pessoas começam a se reeducar e falam: “eu sinto fome na hora do almoço!” ou então “eu não sentia fome as 17:00, agora eu sinto!” – como se tudo isso fosse o fim do mundo.
Fome é a sensação fisiológica que nos faz perceber que precisamos de comida para nos mantermos vivos. É um estímulo natural do nosso corpo para buscar comida.
De acordo com as teorias Darwinistas, a luta pelo alimento para a manutenção da vida é um dos principais mecanismos da seleção natural na evolução das espécies. Com fome procuramos comida, e é através desse mecanismo que abastecemos nosso cérebro de Homo Sapiens Sapiens – que consome 20 a 25% das nossas necessidades calóricas diárias.
Se não fosse a nossa capacidade de sentir fome – e de comer – você não estaria aqui lendo e se informando sobre comida.
Dietas convencionais com grandes restrições – sejam elas calóricas ou de nutrientes – geram as duas situações: fome e vontade de comer.
COMO DIETAS DÃO FOME?
Caloria é uma medida de energia. Quanto mais calorias (ou quilocalorias) consumidas, mais energia temos. Se diminuímos o consumo, o corpo se vê obrigado a gastar a energia estocada (gordura, principalmente) para continuarmos vivos. Se restringimos MUITO e MUITO RÁPIDO o consumo calórico, o corpo entende isso como um ataque (lembra porque evoluímos?). Então se torna metabolicamente estressante para o corpo gastar toda aquela energia estocada, ele é apegado a ela! #desapegacorpinho.
Para compensar, sentimos fome e comemos para repor a energia gasta.
Tá bom, mas e a reeducação alimentar – para o emagrecimento. Ela pode nos fazer sentir fome?
Sim, claro!
Para perder peso o déficit calórico se torna indispensável. Gastar mais ou consumir menos gera a diferença que manda toda a energia em excesso fora. Essa redução calórica (ou aumento do gasto) gera sim fome. Mas não é aquela fome louca, que você só pensa em comida. É a fome ‘fisiológica’.
Quando ganhamos peso, estamos comendo mais do que o suficiente. A reeducação alimentar – para perda de peso – tem como objetivo nos ensinar a comer o suficiente. Obviamente para chegar nesse ponto, precisamos reduzir as quantidades: e sim, você vai sentir uma ‘fomezinha’ no começo. A medida que vamos perdendo peso e criando um novo padrão alimentar, nosso corpo estabelece aquela quantidade consumida como a habitual e para de pedir mais: a fome vai diminuindo!
E além da leve fome que temos que perceber, tem a vontade de comer. Sabe quando almoçamos e depois pensamos que ‘poderíamos comer mais’? Isso não é fome, isso é o hábito. Certamente se você esperar um pouquinho essa sensação vai passar e você nem vai lembrar da ‘fome’.
A fome que sentimos no início da reeducação é uma descoberta! Não só por se manifestar em sinais clássicos antes não percebidos (barriga roncando, queda na produtividade), mas também porque sentimos medo dela. Estamos condicionados a pensar que para emagrecer não podemos comer, e a fome gera justamente a ação contrária. Fome é aquela vontade de comer tudo o que reconhecemos como comida, ao passo que vontade de comer é aquela vontade louca de comer tudo o que sabemos que não é tão recomendado assim.
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