A mostra “Cartografia Imaginária: Rua da Bahia”, em cartaz na Academia Mineira de Letras até 20 de novembro de 2022, propõe aos visitantes um olhar contemporâneo sobre a história literária e urbana da Rua da Bahia.
Percorrendo objetos, textos, fotografias, como se estivessem em movimento no tempo, recria o espaço dessa narrativa, reativando a presença de personalidades que marcaram época e de lugares importantes na trajetória cultural da capital mineira. Tomando a via como personagem, os curadores Marconi Drummond e Maurício Meirelles nos levam a investigar e reconhecer de perto a trajetória da construção material e simbólica da Rua da Bahia ao longo de sua existência.
O setor Educativo da exposição oferece várias atividades para públicos diversos. São atrações gratuitas, mediante agendamento, que incluem experimentações artísticas, oficinas de colagem e serigrafia, visitas guiadas à rua da Bahia e também à mostra.
Vivência “Subir Bahia”
Com o patrocínio do BDMG Cultural, a vivência “Subir Bahia” acontece nos dias 15,16,17,18 e 19 de novembro, em períodos da manhã e da tarde. Trata-se de uma visita guiada pela emblemática rua da Bahia, percorrendo alguns pontos de sua arquitetura e locais que se tornaram símbolos. Uma vivência para ativar conhecimentos, memórias, afetos e a imaginação. O ponto de encontro para o início da caminhada é no o coreto do Parque Municipal, um dos lugares mais importantes da cidade. Depois de uma conversa introdutória, é feita uma caminhada pela Avenida Afonso Pena, sentido mercado das flores, onde se inicia a subida desta, que já foi a rua mais importante da cidade de Belo Horizonte.
No trajeto, acontecerão mediações sobre alguns dos edifícios, monumentos, histórias e referências literárias dessa rua, finalizando a vivência na Academia Mineira de Letras (AML), onde os visitantes poderão conhecer um pouco mais da história do prédio, além de uma breve visita ao casarão construído no início da década de 1920 e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG).
Atividades artísticas
A programação também conta com Oficinas de colagem que acontecerão nos dias 12 e 13 de novembro, no período da manhã e da tarde. A atividade se inspira na obra do artista Marcio Sampaio, especialmente na colagem feita em 1965, baseada no poema “No Meio do Caminho” de Carlos Drummond de Andrade. Com recortes de revistas o artista fez uma “brincadeira” com palavras, utilizando letras de tamanhos, fontes e cores diferentes, homenageando, assim, o poeta. O público é convidado a experienciar a prática da técnica da colagem, criando assim sua própria obra de arte, tendo como ponto de partida a emblemática frase “A minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”, de autoria do compositor mineiro Rômulo Paes, gravada no monumento em sua homenagem, localizado na esquina da rua da Bahia com a avenida Álvares Cabral.
Sobre a exposição “Cartografia Imaginária: Rua da Bahia”
No traçado de uma nova e moderna cidade, Belo Horizonte nasceu como se seu mapa fosse um grande tabuleiro de xadrez e a Rua da Bahia ganhou posição estratégica, ligando pontos importantes da capital planejada. Não à toa, ela se consolidou como parte essencial da vida de quem por aqui passou e é isso que a exposição “Cartografia Imaginária: Rua da Bahia” traz para o público.
Organizada em torno de dez núcleos expositivos que dialogam entre si, a exposição percorre a via e suas cercanias, desde o Ribeirão Arrudas até a Praça da Liberdade. Ao invés de adotar um conceito linear e temático, a estrutura da exposição toma a Rua da Bahia como síntese das ideias de “cidade alta” – diurna e solar, ligada ao poder e às regras sociais – e “cidade baixa” – noturna e profana, ligada ao corpo e suas práticas: os dois focos de uma elipse cujo ponto de partida é também o de chegada, na bela imagem-metáfora criada pelo professor João Antônio de Paula para se referir à Rua da Bahia.
Academia Mineira de Letras – Rua da Bahia, 1.466 vai até 20 de novembro de terça a sexta das 10h às 19h / Sábado e domingos, das 10h às 16h . Entrada gratuita.
Um beijo
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