Esse ano, os movimentos coletivos representativos de usuários, profissionais de saúde mental e familiares, marcado por desfiles e programação de encontros presenciais, não vão acontecer.
Reafirmar a continuidade do tratamento em liberdade e expansão dos serviços de saúde mental substitutivos aos hospitais psiquiátricos é necessário e nesse 18 de maio, o debate vem para o âmbito virtual, com força.
A luta é para demolir os muros do manicômio físico e todo o estigma da loucura, impregnado na sociedade. Garantir os cuidados nas redes, respeitando a escuta de cada um, a partir do acolhimento de todos, com uma equipe multidisciplinar, considerando que os atendimento às crises seja preservando a liberdade, é direito de todos. Trabalhei por algum tempo em serviços substitutivos e o dia 18 de maio é um dia muito importante!
Dá uma olhada no samba enredo deste ano, que foi elaborado pelos usuários do Centro de Convivência do Barreiro e Raphael Sales e fala também da pandemia. Eu arrepio toda vez que escuto.
A voz é de Marcos Evando, Cavaquinho e tamborim de Loran Fernando, Surdos, Tamborim e Agogô de Almin Bah, Cuíca, Tam Tam, padeiro e ganzá de Felipe Cordeiro e Violão e Tamborim também de Raphael Sales. Gravado, mixado e materizado por Ruy Montenegro no Studio Gnesis. *Retirado do facebook do Fórum Mineiro de Saúde Mental.
Sobre Tereza
O projeto começou quando a Clínica Serra Verde, último hospital psiquiátrico conveniado ao SUS-BH que fechou suas portas em 2012. Após décadas trancafiados, com uma média de internação de 30 anos, 149 dos pacientes que sobreviveram ao que tem sido denominado “holocausto brasileiro”. Eles foram transferidos para um hospital transitório, sendo acompanhados por uma equipe de desinstitucionalização e de onde, posteriormente foram realocados para os chamados Serviços Residenciais Terapêuticos, moradias para os usuários da saúde mental e que compõem a Rede de Atenção Psicossocial.
Carol Oliveira é atriz, terapeuta ocupacional no Cersam/ad de Belo Horizonte e apresenta o Experimento teatral documental / ficcional sobre sua experiência no fechamento de um hospital psiquiátrico.
Data: 18 de Maio de 2021 às 21:00. / Censura: 16 anos / Duração aproximada: 15 minutos. Ingressos gratuitos aqui.
Um beijo e vamos juntos.
Saúde não se vende e loucura, não se prende.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.