Um pequeno comércio fincado numa movimentada esquina e que resiste bravamente à pasteurização e ao mundo globalizado. Eis o Armazém do Zé Totó, no Bairro Aparecida, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
Aberto em 1943 pelo pai de José Alves dos Santos, o Zé Totó, o negócio se mantém graças à fiel clientela da região e à diversidade de produtos oferecidos. De bola de gude a artigos religiosos, de ratoeira a fumo de rolo, de tiras de chinelos Havaiana a ovos de galinha. Estes são apenas alguns entre os incontáveis itens alimentícios, produtos hidráulicos, elétricos e de utilidades em geral. Algo que realmente impressiona.
Aos 87 anos e cheio de saúde, Zé Totó conta que, se o cliente não achar algo por lá, pode voltar em no máximo uma semana que encontrará o que procura.
Zé Totó trabalha no armazém desde a abertura do mesmo. Na época, ele tinha apenas 13 anos. Após a morte do pai, em 1950, assumiu o negócio e criou família com o sustento advindo da loja. “Espero que meus filhos e netos continuem com isso aqui por muitos anos ainda”, diz emocionado. Ele já não vai ao armazém todos os dias.
Quem quiser pode beber uma cervejinha gelada ali mesmo, no balcão, ou na parte de fora, sentado num banquinho, vendo a vida passar. A Brahma sai a R$6 e pode ser acompanhada por uma porção de queijo com mortadela (R$8) ou por um saquinho de pimentinha. Mas, pra ser sincero, o que menos importa ali é a comida. O negócio é ser feliz em um lugar com tanta vida e tanta história.
Nesta era em que os gigantes engolem os pequeninos com cada vez mais facilidade, a venda do Zé Totó resiste heroicamente, tendo como base elementos de antigamente, como bate-papo, amizade e confiança. Este último quesito é, inclusive, fundamental para a existência das antigas cadernetas, onde são anotados os valores que os frequentadores mais conhecidos devem à casa, no velho sistema de “pendureta”.
O Armazém do Zé Totó fica na Rua Aporé, 500, no bairro Aparecida. Funciona de domingo a domingo, de 8 da manhã as 9 da noite, e só não abre na Sexta-Feira da Paixão. Pagamento somente em dinheiro.
Eis um lugar maravilhoso, verdadeiro e cheio de alma. Saúde e vida longa ao Zé Totó!
ARMAZÉM DO ZÉ TOTÓ
Rua Aporé, 500 – Aparecida.
Belo Horizonte, MG.
Telefone: (31) 3428-3066.
Pequena Companhia de Teatro (Maranhão), chega a Belo Horizonte, no CCBB BH.
Banda celebra 1 ano do álbum “Original Brasil” na Autêntica com a participação especial de…
Laços da Ancestralidade reúne a cultura dos povos afro periféricos em BH
Ver Comentários
Meu velho pai,Seu Jorge,teve uma mercearia por décadas no Bairro da Serra-Mercearia Palmira-em homenagem a milenar cidade da Síria,terra de meus avós!Era sortida,vendia de tudo-feijao,alpiste,arroz(a granel),biscoitos Cardoso, café Câmara moído na hora, guloseimas (eu adorava).Era ponto de encontro dos serranos,onde um bate papo amigo era a tônica.Que saudade desse tempo risonho e feliz ,de uma Belo Horizonte que não existe mais.
Obrigado pela reportagem!
Ei Marcelo!!!
Que legal essa história. Vou passar para o Nenel, tenho certeza que ele vai adorar!
Muito Obrigada por visitar o blog.. e volte sempre.
Abraço,
Virgínia
Morei muitos anos no Aparecida. Meu avô (Seu Zico) tinha uma padaria a um quarteirão do Zé Totó! Será que ele ainda tem a sua vemaguete?
Oi Magno,
Tudo bem?? Que legal... seu avô ainda tem a padaria?
Já quero conhecer também.
Obrigada pela visita.
Até breve
Virgínia
Que maravilha! Quanta saudade, a mais de 40 anos, na minha infância eu ia aí no Zé Totó. Qualquer coisa que precisasse minha mãe dizia: Vai lá no Zé Totó que tem. Salve Zé Totó!
Ei Eduardo!!!
Que legal!! Adorei saber que o armazém fez parte da sua infância.
Obrigada :)
Meu velho pai,Seu Jorge,teve uma mercearia por décadas no Bairro da Serra-Mercearia Palmira-em homenagem a milenar cidade da Síria,terra de meus avós!Era sortida,vendia de tudo-feijao,alpiste,arroz(a granel),biscoitos Cardoso, café Câmara moído na hora, guloseimas (eu adorava).Era ponto de encontro dos serranos,onde um bate papo amigo era a tônica.Que saudade desse tempo risonho e feliz ,de uma Belo Horizonte que não existe mais.
Obrigado pela reportagem!
Ei Marcelo!!!
Que legal essa história. Vou passar para o Nenel, tenho certeza que ele vai adorar!
Muito Obrigada por visitar o blog.. e volte sempre.
Abraço,
Virgínia
O Zé totó faz parte da vida de todos que moram ou já moraram pelas redondezas. Sempre que passo pela Aporé, paro no armazém e me dá uma saudade!!! Que o Zé totó sobreviva por muitos anos!!
Elcilene,
Amém! Raridade nos dias de hoje, né?
Obrigada pela visita aqui no Blog.
Até!
Que coisa boa !!
Saudades dos temos de infância e felicíssimo em saber q ue ainda existe um ambiente assim em BH.
Parabéns pela matéria leve e saudosista.
Um alívio em meio a tantas manchetes negativas em um tempo dominado pela mediocridade e feiúra!
Ei Mariltoin!
Tudo bem? Obrigada pela mensagem. Vou repassar ao Nenel do Baixa Gastronomia. Ele é colunista aqui no BH Dicas e foi quem escreveu o post.
Uma abraço
Morei muitos anos no Aparecida. Meu avô (Seu Zico) tinha uma padaria a um quarteirão do Zé Totó! Será que ele ainda tem a sua vemaguete?
Oi Magno,
Tudo bem?? Que legal... seu avô ainda tem a padaria?
Já quero conhecer também.
Obrigada pela visita.
Até breve
Virgínia
Já precisei de cordas de cavaquinho às 3 da madruga qdo ticávanos numa festa e arrebentou! Onde achei pra continuar o baile! Lá no Totó! :)
Ei Nelson!
Hahahaha gente que legal!!!! Amei saber..
Obrigada pela visita aqui no Blog.
Até.
O Zé totó faz parte da vida de todos que moram ou já moraram pelas redondezas. Sempre que passo pela Aporé, paro no armazém e me dá uma saudade!!! Que o Zé totó sobreviva por muitos anos!!
Elcilene,
Amém! Raridade nos dias de hoje, né?
Obrigada pela visita aqui no Blog.
Até!
Fui criado e morei por 27 anos no Bairro Aparecida, O Armazém do Sr, Zé Totó, é uma referência para o Bairro, de uma Agulha a Querozene, Cimento, Enxofre, de tudo se encontra ali, saudades de minha infância e o período de adolescência, neste Bairro, fora a cordialidade no atendimento, Vida Longa ao Zé Totó.
Alberto,
Muito obrigada pela visita e por dividir com a gente um pouquinho da sua história.
Amém. Que o Ze Totó sobreviva e mantenha a tradição, viva.
Até breve!