“Se alguém me abraçar, toca a Asa Branca”.
É o que uma pessoa que vive no efeito sanfona me falou uma vez. “Eu fico magra uma época, depois engordo, aí emagreço de novo. Meu corpo parece de elástico”.
O efeito sanfona (ou iô-iô) ocorre quando existe uma perda de peso intencional, que pode ser provocada, por exemplo, por restrições alimentares severas. Nosso corpo, após uma aguda perda de peso, tenta recuperá-lo, reduzindo nosso metabolismo e aumentando nossa fome. A partir daí, engordamos novamente.
Fácil falar que as dietas restritivas não funcionam, já que depois de algum tempo se tornam insustentáveis. Mas a pergunta que você deve ser fazer não é “então como fazer para emagrecer?”, mas sim “será que eu realmente preciso emagrecer nessa dimensão?”.
A maioria das pessoas que vive no efeito sanfona desconhece o que eu costumo chamar de ‘peso médio’. Esse peso médio é aquele peso que – muitas vezes nem sabemos qual é – mas que nos sentimos bem com o nosso corpo, temos saúde e conseguimos manter uma alimentação equilibrada, sem restrições ou manias dietéticas.
O grande problema do efeito sanfona é querer chegar num peso ou num manequim que não é sustentável. Então você faz um esforço homérico para ficar o mais magro possível, e chega lá. Porém, essa dieta restritiva não se sustenta por muito tempo, e você começa a ganhar peso – e junto com isso, a frustração e a sensação de incapacidade de ‘ser magro’. Você então começa a comer motivado pela culpa, pelo medo e pela ansiedade. Ganha o peso novamente, e, insatisfeito, entra numa nova dieta, perdendo tudo de novo. E esse ciclo jamais para, te fazendo se tornar a própria Sanfona do Asa Branca.
Eu costumo dar o nome de ‘peso médio’ para aquele peso (ou sensação física) de bem estar que se mantém com uma alimentação equilibrada que não depende de grandes loucuras. Se você chega nesse peso médio, o efeito sanfona acaba e você passa muito tempo da sua vida sem grandes oscilações. O problema do efeito sanfona existe na expectativa de um peso irreal e na ansiedade do excesso de peso.
Para te ajudar a parar esse processo, nada melhor do que procurar bons profissionais: um nutricionista capacitado, um médico sério e muitas vezes até ajuda terapêutica para entender essas grandes expectativas.
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Até a próxima!!!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.