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A nostálgica maneira de servir a humanidade

“Liga da Justiça”

Parecia que tinha voltado uns 30 anos. Parecia, de verdade, que estava com a mesma animação em que eu ficava para ver o desenho “Super Amigos”, na Globo, quando eu era pequenininho, ou o “Liga da Justiça sem Limites”, no SBT, quando já tinha passado da adolescência. Foram anos de espera, um saudosismo que não acabava. Parecia que eu escutava aquele slogan antigo: “Sua missão: lutar pela justiça, combater o mal e servir toda a humanidade”.

Foi nesse entusiasmo todo que assisti ao “Liga da Justiça”, a superprodução da Warner e da DC Comics que finalmente chega aos cinemas de todo o país. Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta de Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne (Ben Affleck) convoca sua nova aliada Diana Prince (Gal Gadot) para o combate contra um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade uma liga de heróis sem precedentes e, ao lado de Aquaman (Jason Momoa), Ciborgue (Ray Fisher) e Flash (Ezra Miller), tentam salvar o planeta de um catastrófico ataque.

A minha vontade é contar tudo o que aconteceu no filme – principalmente porque eu gostei tanto que toparia até ver de novo. Mas não dá para ser estraga-prazeres, né? Então, sem dar muitos spoilers por aqui, o que você pode esperar dessa superestreia? “Liga da Justiça” é daqueles filmes de ação em que você fica vidrado o tempo todo (veja na sala Imax do Boulevard Shopping; os efeitos são incríveis!). Num primeiro momento, é feita uma apresentação dos personagens. Para aqueles que já apareceram em outros filmes da DC, uma breve interpretação do momento vivido após a trágica morte de Superman. Para os novos super-heróis, uma explicação natural de cada um.

Não existe mais aquela forçação de barra dramática vista em “O Homem de Aço” e “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” – aquele tom sombrio presente em tantos filmes da DC Comics desapareceu totalmente. O que temos agora é um filme mais leve, cheio de piadinhas à la produções da Marvel, algumas sem graça, mas outras bem divertidas. A química entre os antigos e novos personagens é que faz essas piadas ficarem engraçadas no decorrer do filme. Assim, é quase impossível não fazer algumas comparações com o universo do estúdio concorrente, pois, pra mim, as personalidades acabam se equivalendo. Flash é a cópia do Homem-Aranha (novinho, cheio de perguntas, maravilhado por fazer parte de um supertime de heróis); Aquaman se equivale ao Wolverine, de “X-Men” (ranzinza, sem papas na língua, o mais difícil de ser conquistado); já Batman se coloca como o Homem de Ferro (se zoa e é zoado por não ter poderes, mas é rico e tem dinheiro suficiente para ser um dos melhores super-heróis). As brincadeiras entre eles são baseadas nesses estereótipos, o que, pra mim, nem é uma falha, mas uma boa adaptação para identificações – visto que vêm muitas sequências aí pela frente.

Nessa recreação toda, o vilão Lobo da Estepe, que tenta reunir três caixas maternas para acabar com o planeta de uma vez por todas, talvez seja o ponto mais fraco da produção (junto com algumas poucas, mas confusas, edições). Mas isso não me atrapalhou nem me tirou o foco dessa nostálgica e desejosa união de superpoderes.

E o melhor ainda está por vir: se você curtiu “Mulher-Maravilha”, se prepare, porque o destaque é dela! Poderosa, dominadora, incomparável: em vários momentos ela toma conta do filme. Porém, é claro, guarde um pouquinho da empolgação e expectativa para a famosa e esperada surpresa by Superman. É claro que ele não ia ficar quietinho lá no túmulo, né?

Bom, eu até tentei não soltar muita coisa, mas é quase impossível. O importante é voltar a ser criança e mergulhar nesse universo, que está longe de se desfalecer. Ainda bem! Porque é só assim que conseguimos ver um real serviço à humanidade, um justo combate ao mal e uma confiável luta por justiça.

Até semana que vem!

Foto: Divulgação

bhdicas

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